"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." - Clarice Lispector



terça-feira, 19 de abril de 2011

Mais uma vez, você.


Eu gostaria apenas de saber porque me sinto tão sua, quando na verdade, sou minha. É como se você pudesse controlar cada parte de mim e isso inclui os meus sentimentos. O teu olhar me prende de uma forma indescritível, e você parece saber tudo que eu quero dizer mesmo quando não digo absolutamente nada. Os teus olhos são meus, somente meus, talvez porque em meio a tantas pessoas eu só os vejo olhando para mim. Eu poderia dizer-te que sempre esperei pela tua volta, mas eu não estaria sendo sincera comigo mesma. Desaprendi a amar. Desaprendi a te olhar nos olhos e a conversar sem nada dizer. Não sei mais me entregar e nem o quero fazer. O tempo evidenciou meu medo de riscos, minha repulsão por incertezas. Evitei qualquer contato e mesmo assim te senti muito perto, mesmo assim deu vontade de estar contigo para sempre e de não te deixar ir embora novamente. Gostaria que a escolha fosse minha, mas eu não sei esquecer decepções e não sei viver uma segunda chance.

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