"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." - Clarice Lispector



terça-feira, 31 de maio de 2011

Só mais uma vez.


E o nosso amor, onde foi parar? Você me dizia que nós seríamos para sempre e que as nossas almas estariam eternamente conectadas. Lembro das suas doces palavras no meu ouvido e das suas mãos me segurando pela cintura enquanto me pedia para ficar mais um pouco. Ainda tenho recordações daquela música que você cantou para mim e somente para mim. Lembro das suas bobagens e das vezes que você ria das minhas piadas, de quando dizia que eu era a pessoa mais desastrada do mundo só porque me via batendo em tudo que aparecia na frente ou quebrando tudo que era possível ser quebrado. Você brincava com o meu cabelo como uma criança brinca com o brinquedo favorito e me olhava como se aquele seu olhar me levasse para dentro de você, no mais profundo dos seus olhos.
Você conhece meu perfume, reconhece-o mesmo de longe... Eu parei de usá-lo, mas ainda posso senti-lo todas as vezes que me lembro do seu sorriso ao falar do meu cheiro no seu casaco. Ainda posso ver os seus olhos quando fecho os meus e sentir o seu abraço quando estou sentindo frio. Me sinta, me queira, me assanhe, me olhe e me abrace, só mais uma vez.

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