"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." - Clarice Lispector



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vida e morte.

Para a grande maioria das pessoas morrer é o fracasso da vida, pois a morte significa, relativamente, a certeza de que objetivos não alcançados são realmente inalcançáveis, já que desde então inexiste vida ou tempo para torná-los reais. O maior fracasso não é a morte, esta é apenas uma consequência. Não nascer é o que pode-se chamar de insucesso, pois assim é impossível conhecer a vida e tudo que nela é aprendido, mostrado e visto. Não nascer significa não respirar, não andar, ser completamente inerte ou nem mesmo ser, já que quem não nasce não é considerado vivo. A morte representa logo, o fim, a falta ou impossibilidade de vida. Caso não fosse concebido um início e fim, o espaço de 'vida' seria maior, as pessoas não teriam necessidade de viver como manda a sociedade ou como é considerado comum. O universo se autocopia e isso faz com que morte seja mais preocupante que vida, faz com que tempo em Terra não seja aproveitado como deveria por existir ansiedade em saber o que acontece após, quando tudo parece terminar, quando o coração vem a falecer. Esse conceitos não deveriam ser apurados, enxergar dia após dia é a forma mais simples de explicar o que é viver e a sensação de morrer só será explicada uma vez, e para si mesmo, o que faz deste conceito algo desconhecido por quem escreve, lê e principalmente, por quem vive.


Quarentaesetebeijos :*

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