"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." - Clarice Lispector
sábado, 21 de agosto de 2010
Apaixonar-se.
Engraçado é quando existe uma beleza estonteante, um olhar profundo que passa mil ideias a cada segundo, um sorriso que faz sorrir, palavras que aos ouvidos são como música, bobagens que são consideradas importantes em algum momento. Olhar e ver alguém diferente, alguém que fixa o olhar nas mãos quando o nervosismo está presente, que tem em seu rosto um sorriso imutável que sempre muda, alguém que se arrepia quando o vento frio toca sua pele ou quando os primeiros raios solares aparecem e quase aquecem. Estranho é como cada movimento torna-se inigualável, cada palavra dita se parece com um elogio e cada gesto parece ser feito para nunca mais repetir-se. Me parece inevitável apaixonar-se ao menos uma vez e mais ainda é a certeza de não ter certeza alguma, a não ser do sentimento que inexplicavelmente toma conta de toda e cada parte de mente, corpo e alma. Evita-se distribuir sorrisos por ai, pois sabe-se que estes não compram nada nem ninguém. Quando não tem nada para depois grande parte das pessoas pensa em dizer algumas coisas, as mesmas que são rapidamente esquecidas quando os olhos enxergam de perto um rosto que com plena certeza não é um rosto qualquer. Após o encanto apenas um ideal existe; apaixonar-se, reapaixonar-se e apaixonar-se todos os dias, de novo, de novo e de novo.
No mais, deve ser maravilhoso morrer de amor e continuar vivendo.
Dez beijos :*
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