"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." - Clarice Lispector
domingo, 29 de agosto de 2010
Sublime amor.
Qualquer dia eu te reencontro. Você está presente em todos os meus sonhos e eu penso enxergar teu sorriso desde a hora em que levanto até a que vou dormir. Percebi um vazio que me pareceu maior que você, nesse exato momento senti suas mãos encostarem em mim e seu abraço se abrir me envolvendo como nunca havia feito antes. Olhei teus olhos e neles pude ver que o nosso amor existe, apesar de tudo ou por conta de tudo. Na exatidão daquela hora me vi na obrigação de dizer-te o quanto te amo e não o fiz, calei-me e decidi sentir o calor do teu corpo, o sabor do teu sentimento, e dessa maneira permaneci por alguns minutos. Te puxei e coloquei minha cabeça sobre o teu colo, te olhei minuto após minuto enquanto você brincava com as mechas do meu cabelo. Naquele dia percebi que esse amor me era suficiente e seria o grande amor pelo qual eu jamais esperei. Um dia e tanto, me perdi no número de vezes que entrei no teu abraço e no infinito que existe no teu olhar. Algum tempo depois acordei, olhei para tudo que estava a minha volta e por mais que buscasse, não senti tua presença. Lembrei-me que neste momento você não está comigo, se foi para não mais voltar e me deixou imensas saudades, me deixou aquele vazio que eu não gosto de citar. Mas eu sei, um dia eu te reencontro... Em algum lugar, qualquer dia eu te reencontro.
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